O Dr. Fernando Pires de Mello costuma dizer que, na formação do profissional de cirurgia plástica, é fundamental o entendimento de que todas as estruturas são funcionais. A compreensão de tais estruturas anatomofuncionais contribui para a prevenção de lesões e para a melhora dos resultados estéticos. 

No caso da blefaroplastia, essa ideia é particularmente importante, tendo em vista que as pálpebras são estruturas de defesa dos olhos. Elas os protegem da intensidade luminosa, do vento ou de partículas que podem causar lesões. 

Esse procedimento pode ser realizado nas pálpebras superiores e inferiores. 

Nas pálpebras superiores, são abordados excessos de pele e de gordura, seja na bolsa interna (a porção mais próxima ao nariz), seja na bolsa média. As incisões são feitas na prega natural palpebral. Pode haver necessidade – principalmente no caso de pacientes idosos – de reposicionar a musculatura orbicular.  

Nas pálpebras inferiores, o procedimento é semelhante. A principal diferença é anatômica, já que as bolsas se distribuem em três: interna, média e externa. As incisões podem ser feitas na linha justaciliar – próxima aos cílios – ou conjuntiva – por dentro dos olhos -.

Como explica o Dr. Fernando, “em geral, a blefaroplastia pode ser realizada em esquema de dayclinic – sem internação -, apenas eventualmente sendo necessário o paciente ficar internado por 24h”.

Após a cirurgia, será indicada uma rotina de curativos e cuidados, visando a uma recuperação breve e tranquila.